22 de mar. de 2009

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

No dia 19/03/09 o professor Ronaldo exibiu o filme "A revolução dos Bichos" em sala. Abaixo disponibilizo uma resenha do livro, que é praticamente igual ao filme que vimos.

A revolução dos bichos
Animal Farm (A Revolução dos Bichos no Brasil e O Triunfo dos Porcos em Portugal) é um romance alegórico da autoria de George Orwell, tendo sido escolhido pela revista Time como um dos 100 Melhores da Língua Inglesa e foi o 31º na lista dos Melhores Romances do Século XX da renomada Modern Library List.

Enredo
Sentindo chegar sua hora, Major, um velho porco, reúne os animais da fazenda para compartilhar de um sonho: serem governados por eles próprios, os animais, sem a submissão e exploração do homem. Ensinou-lhes uma antiga canção, Animais da Inglaterra (Beasts of England), que resume a filosofia do Animalismo, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais extasiados com as possibilidades.

O velho Major faleceu 3 dias depois, tomando a frente os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão. Após clandestinas reuniões para traçar as estratégias, Sr. Jones, então proprietário da fazenda, se descuidou na alimentação dos animais, mal sabendo que este seria o estopim para aqueles bichos. Deu-se a Revolução.

Sob o comando dos inteligentes e letrados porcos, os animais passaram a chamar a Quinta Manor de Quinta dos Animais(Pt)/Fazenda dos Bichos(Br) e aprenderam os 7 Mandamentos, que, a princípio, ganhava a seguinte forma:

1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.

Para os animais menos inteligentes, os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas ruim" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas. Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola-de-Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, mesmo assim, Napoleão o expulsa do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco que, a partir daí, é considerado um traidor.

Napoleão se apossa da idéia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para a geração de energia, mesmo havendo feito duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção. Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, apontando essa idéia como mais uma invenção de Bola-de-Neve. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:

4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais do que outros.

O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando. Napoleão é declarado líder por unanimidade. As condições de trabalho se degradam, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva. Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Fazenda dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.

O slogan das ovelhas fora modificado ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras. No final, os animais, ao olhar para dentro de casa, já não conseguem distinguir os porcos dos homens.

Alegoria do Stalinismo
O livro de Orwell é aclamado como uma alegoria do Stalinismo, isto numa época em que os soviéticos ainda eram vistos como aliados contra o nazi-fascismo.

O próprio Orwell, crítico do nazismo, chegou a defender o socialismo, mas mudou de idéia diante do terror stalinista. A quem leu a biografia do autor, que militou na Guerra Civil Espanhola e escreveu para a imprensa socialista, pode ter parecido um pouco estranho uma crítica tão explícita a um país comunista. Pois era esse mesmo o objetivo do autor. Em suas próprias palavras: “Ao longo dos últimos dez anos convenci-me de que a destruição do mito soviético era essencial para conseguirmos reviver o movimento socialista”. O "Socialismo" da URSS não era, portanto, na visão de Orwell, um modelo verdadeiramente igualitário, aproximando-se bastante da visão de "capitalismo de estado" defendida, mais tarde por Cornelius Castoriadis, João Bernardo e outros autores mais críticos.

Identificados com os porcos, que lideraram a revolução e monopolizaram o poder em seguida, os soviéticos aparecem no livro como nos dois momentos da própria Revolução comunista: Um primeiro, ainda movido pela ideologia da igualdade e justiça, identificado na liderança de Bola-de-Neve como o Trotski, assassinado no México e expurgado a mando de Stálin. No segundo, repetindo a ditadura de Stálin, Napoleão promove expurgos, assassinatos e exílios contra qualquer um que representasse uma "ameaça" à revolução, além de distorcer a memória histórica dos acontecimentos diante dos bichos/povo e instalar uma elite de porcos, "mais iguais do que os outros", que se identifica na burocracia do Partido que passou a vigorar na União Soviética e persistiu até o final, levando à derrocada do Regime pela corrupção - algo observado, ainda, na estrutura de poder mantida pelo Partido Comunista na China.

Adaptações para outras mídias
O livro serviu de base para um filme de animação lançado em 1954. O filme foi o primeiro longa-metragem animado produzido no Reino Unido, e foi dirigido por John Halas e Joy Batchelor e produzido pela agência americana de espionagem CIA[2].

Em 1999, uma nova versão cinematográfica foi lançada, desse vez no formato live-action, com atores como Kelsey Grammer, Patrick Stewart e Ian Holm dublando os animais.

Há também a adaptação do álbum (Animals) do Pink Floyd que faz referência a obra de Orwell.

Fonte: Wikipedia

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