24 de mar. de 2009

REFLEXÃO SOBRE O DOCUMENTÁRIO "O CÁRCERE E A RUA"

Na aula do dia 24/03/09, o professor Fábio Flores deu aula no lugar de Josele, na matéria Metodologia, e exibiu o documentário "O cárcere e a rua".

O seguinte trabalho foi proposto, com entrega para o dia 31/03/09:

Reflexão sobre o documentário "O cárcere e a rua":
Com base nas reflexões propostas pela cineasta Liliana Sulzabach no documentário "O cárcere e a rua", avalie o sistema prisional brasileiro. Discuta o efeito da pena sobre a individualidade das protagonistas.

Abaixo, uma resenha que encontrei sobre o documentário.


"O Cárcere e a Rua" expõe angústias das presidiárias
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2005/04/28/ult26u18853.jhtm

Premiado como melhor documentário no Festival de Gramado de 2004, "O Cárcere e a Rua", primeiro longa-metragem da diretora gaúcha Liliana Sulzbach, inova ao mostrar o universo carcerário por um ângulo pouco abordado -- a rotina de uma prisão feminina, mais precisamente a Penitenciária Madre Pelletier, em Porto Alegre. Três prisioneiras são escolhidas -- Cláudia, Daniela e Betânia -- para servir como base para o desenvolvimento do roteiro.

Cláudia é a mais velha e mais respeitada da prisão, onde ela vive há 28 anos. Líder entre as presidiárias, a veterana Cláudia recebe em sua cela e dá proteção à novata Daniela, que corre risco de vida por ser suspeita de ter matado o próprio filho -- um crime inaceitável aos olhos da maioria das prisioneiras.

Mãe de duas crianças, a jovem Betânia está sendo transferida ao regime semi-aberto, o que a obriga a voltar para dormir todos os dias em uma pensão provisória, com horários e regulamento muito rígidos. Não demora muito, ela arruma um novo namorado e decide não voltar à pensão, mesmo correndo o risco de ser presa novamente caso seja encontrada pela polícia.

Unindo as realidades destas mulheres, a diretora revela o tradicional abandono, uma das características mais dolorosas das prisões femininas. Diferentemente do que acontece com os homens, elas são quase sempre abandonadas pelos filhos, pelo marido ou pelos namorados.

Uma exceção, porém, é habilmente captada pela diretora: um marido aparece todas as noites diante da porta da penitenciária para gritar em altos brados seu amor por sua mulher. Com a mesma delicadeza que caracterizou seus trabalhos anteriores (os curtas "Batalha Naval", "O Branco" e "A Invenção da Infância"), Liliana Sulzbach dá um passo importante em sua maturidade como diretora.

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